quinta-feira, 6 de maio de 2010

Lambrusco Bola e A Nova Ordem do Blue Grass Descontraído Brasileiro

Lambrusco Bola faz estrondo com um pouco de música Infantil, vinda de um coração venéfico, ao som do banjo e uns fraseados na gaita rebolando na percussão de um impávido ralador de queijo. Isso não é pouco. É uma ascensão de quem quer bancar as expectativas dos dedicados cowboys garimpeiros babados. Daí, o cara canta: “Não devia correr desse jeito. Te peço perdão por não ter nem noção. Mas saiba motivo eu tive . Até minha Zorba taquei, ela, fora . Anterior uma noite exagero na gula . Feijoada “foi quase dois porco” . Pensava seria uma bufa, um silêncio . Eu freei corri nem pensei”.
Lambrusco rodava por aí como muita gente que acha que vai ser descoberta quando viu Thaysa. Desde a primeira troca de idéia o assunto já foi música numa conjuntura de beijos na boca e um namoro marcado. Depois disso, canções rolaram sem parar. Imaginem um Hillbilly em metamorfose, gravando na loja em que trabalha, tirando um Train Feel nas teclas da calculadora do patrão, raspando um beat no aspiral do caderninho velho, sem ter que amargar sua solidão num Sertanejo Universitário? Não? E um caipirão que gosta de Curtis Eller, Bode Jepeth, Rock Rocket, Garotos Podres, Os Pedrero e tem nas veias um romantismo não muito convencional? É o Lambrusco.
Com reverência e sem ajuda de custo, porque Hillbilly de verdade não gasta nada, o bom rapaz conquistou o amor da admirável Thaysa, cantando: “Acho que já aconteceu com todo mundo .
Aquela menina que conheceu agorinha . Rola aquele clima legal . Mas naquele dia você bateu aquele repolho envenenado . FLATO AMOR . Vou te dizer que nunca fui eu mesmo . Vou te dizer eu sempre faço mesmo . Faço, pois na sua frente eu segurei .
Cara de paixão eu disfarcei...
E ele aproveita pra se divertir. Nós também!
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