O bom violinista e fundador Murilo Fonseca com a cantora Jameika Mansur - aquela do "Alô galera de cowboy"
Em 1994, um grupo de amigos apaixonados por country music formaram a banda Dallas Company na cidade de Colatina (ES). Daí, rodaram por todo o Estado e até beiravam o Rio de Janeiro. O repertório era correto; Alan Jackson, Alabama, Garth Brooks, Shania Twain e ainda tocavam clássicos de Chitãozinho & Xororó para não perderem o público sertanejo. Mas havia uma ambição musical maior e o primeiro CD não demorou. Gravado em 1996, Coração Renegado, foi um trabalho razoável e até tocou em rádios aqui pertinho de casa. O intento não era diferente de tudo que tinha sido feito naqueles dias - música para-boi-e-peão-de-rodeios -. Eles não se importaram com isso não, moço! Uai, e as arenas também foram inspirações para o segundo disco - Clima de Rodeio - lançado de forma livre das prestigiosas gravadoras em 2002.
O segundo disco - Clima de Rodeio - e a formação original, ainda com o nome Dallas Company.
Pra quem esperava algo mais maduro da banda , foi inté decepcionante. O cadinho bom foram as composições em português e a mistura do countryzão tradicional ao som das guitarras berrentas. Os gringos já faziam isso, mas aqui não. Dallas foi pioneira, fio! Para a galera de chapéu, isso pouco importava. A música “Clima de Rodeio” foi o primeiro fato nacional de uma banda country brasileira.
O infernizado guitarrista carioca Marcelo Kju
Então, um Cowboy chamado Rodrigo do casquento Big Brother Brasil 2 aparecia e a música tocava. Rodrigo tinha carisma, venceu, levou quinhentas milhas e a música caiu nas graças de todas as tribos. A banda viajou por todo o Brasil: Barretos, 1º Rodeio de Portugal, Rodeio Champion, Rodeio do Trabalhador, Jaguariúna, Americana, a canção Clima de Rodeio foi eleita a melhor música country, vencedora do prêmio Troféu Arena de Ouro, A VIVO e a TIM adicionaram aos seus menus de tons musicais o hit do Cowboy do BBB, a banda ganhou o prêmio de melhor banda country do Brasil pelo site Movimento.com (Curitiba-PR). Era Dallas Company pra todos os lados e aí compadre, a porca torceu o rabo! Lembra a velha história do empresário, que é dono do nome da banda? Pois é, o pau comeu em Colatina, ninguém saiu ganhando.
O pianista GillesO público começou a comprar gato por lebre e a lebre virou gato. Aquela Dallas com a cantora de voz macia e a mais promissora banda country brasileira virou Dallas Country. E uma nova Dallas Company estava sendo formada. A poderosa Sony Music, não perdeu tempo e assinou com a “lebre”. A Sony podia ter cultivado o que era de bom. Que nada. Meteu no mercado um Cdezin pra lá de babado com uma montoeira de covers de tudo que ninguém mais sustentava escutar: Man! I Feel Like A Woman, Any man Of Mine, Little Bitty e nas próprias canções os temas não mudavam, tinha Feriado Nacional, Dança de Cowboy, Diversão, Cowboy Prateado, Nada Vai Me Derrubar... Que pena. Mas o Dallas Country que era Company não foi morro abaixo não. Em 2006 eles foram e pros Sates, e tome “Alô galera de cowboy” em Danbury, Newark , Boston, New York. Para arrematar, sapecaram o BRAZILIAN DAY e em Atlanta, diante de MEIO MILHÃO DE PESSOAS, arderam o BRAZILIAN INDEPENDENCE DAY . É, mundo véio sem porteira... O tempo brota tudo de novo e a gente torce – de coração, viu?! - para que todos os “Dallas” reencontrem os bons caminhos. Por tudo isso: Parabéns!
A nova vocalista e flautista Tati Merlin