segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Red Fox

Red Fox começou em 2001 e a intenção, não era diferente de outras bandas covers: conquistar o público com um repertório moderno, com direito até ao pop rock. Mas pra lá de 2003, começaram a escrever suas próprias músicas e finalmente, cantando em português, lançaram o primeiro CD single. Eram quatro músicas seguindo a linha "new-country". Numa delas, cantavam:
“Sempre fui um bom rapaz
Levava uma vida tranqüila sem nada de mais
Nunca liguei para a solidão
Beijava mil garotas ninguém tinha meu coração..."
O som era maduro, no entanto as letras... Continuavam com aquelas historinhas malcriadas de um cowboy.
No programa Astros, do SBT, a banda ganhou elogios bacanas dos jurados e faturou um carro zero quilômetro. Naquele dia, a banda Red Fox fez uma apresentação segura e o primeiro lugar foi conquistado ao som de Sweet Home Alabama. O velho clássico do Lynnyrd desceu como cerveja gelada numa tarde escaldante e agradou os altivos jurados.
- Eu era roqueiro e tocava com um amigo meu da faculdade. Passado um tempo, ele me falou que ia montar uma banda country, acabei indo tocar com ele e foi assim por dois anos. Gostei do sistema e decidi montar minha própria banda. Diz o bom vocalista Beto Garja sobre o início da banda. O grande projeto do Garja é ter o maior show country do país, pois no circuito country da cidade de São Paulo, os caros amigos da Red Fox mandam bem e fazem shows pra caramba. Eles também já rodaram por Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão, Paraná e Mato Grosso do Sul.


O Rock do Mato de Zé Geraldo

Nascido em Rodeiro, na Zona da Mata mineira, e criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, o cantor e compositor Zé Geraldo caiu na estrada cedo. Com 18 anos foi estudar e trabalhar em São Paulo, ainda com o sonho de se tornar jogador de futebol. Mas um acidente automobilístico mudou o rumo de sua história e, com pouco mais de 20 anos, suas jogadas foram transformadas em versos e canções. Durante oito anos sua vida foi dividida entre os estudos, o trabalho e os palcos dos bailes da periferia paulistana nos finais de semana. ZeGê, como era conhecido nos anos 70, lançou três compactos e um LP pela gravadora Rozemblitt. Mas o romantismo de ZeGê não satisfazia sua alma de artista, desprovido de rótulos. Entre 75 e 78 participou e foi premiado em inúmeros Festivais até gravar, em 1979, seu primeiro disco como Zé Geraldo, “Terceiro Mundo” (CBS). Ainda pela CBS lançou “Estradas” (80) e “Zé Geraldo” (81). Músicas como “Cidadão”, “Como Diria Dylan” e “Senhorita”, indispensáveis no repertório de seus shows, fazem parte desta primeira safra de gravações, assim como "Rio Doce", com a qual participou do Festival MPB-Shell de 1980, e "Milho aos Pombos", que o tornou conhecido em todo o Brasil no mesmo festival promovido pela Rede Globo, em 1981. Duas de suas músicas foram temas de novelas da Rede Globo: "Semente de Tudo" (Livre para voar) e "São Sebastião do Rodeiro" (Paraíso). Com mais de 30 anos de carreira, ZG tem 15 discos lançados, fora coletâneas e compactos. Com o Duofel lançou o cd “Acústico” (1996/Paradoxx) e com o amigo de muitos anos, Renato Teixeira, gravou “O Novo Amanhece” (2000/Kuarup). Seu primeiro DVD/CD “Um Pé no Mato – Um Pé no Rock”, foi lançado em junho de 2006. Gravado Ao Vivo em 2005, no Teatro do Sesc Pompéia, SP. Seus versos são cantados em uníssono por um público fiel, que acompanha seus shows em Teatros, Feiras, Exposições e Ginásios. Como diria seu amigo, o cantor e compositor Guarabyra, “A sua voz ecoa nos rodeios e nas universidades fazendo sonhar, fazendo sorrir e dançar. Zé Geraldo é um brasileiro e tanto”.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Jameika Mansur - A cantora original do Dallas


A história de Jameika Mansur começa com ela trabalhando na lavoura de café com sua tia. Depois passou a ser a voz – bem bonita - da original Dallas Companny. Na época, eram apenas três integrantes que viajavam o país a bordo de um Santana. Até que conquistaram todo o país. O tempo passou e a cowboyzada pergunta;
- Por onde anda a loirinha que cantava “Alô galera de cowboy”.
Para nossa tristeza, a bela voz de Jameika deixou a música country. Acho até, que deve estar cantando “Alô galera de Playboy”. Isso mesmo. Ela formou a dupla Jam & Jameika com o antigo baixista do Dallas.
É a saga de Colatina.
Há um tempo atrás, a dupla lançou um CD chamado “Deixa Rolar”. Eles dizem que é uma nova tradução de sertanejo, com nova cara, com nuances do country, com pegada do pop rock e da MPB. Na verdade é mais um de Sertanejo Universitário.
Que lástima, Jameika.
Deixa Rolar!

A nova Dallas Company



No release da banda diz assim:
"... A Banda Dallas Company, ao longo de sua trajetória sofreu várias mutações. Mudanças estas que serviram para consolidar seu nome no mercado. As alterações sofridas em sua composição serviram para aprimorar o trabalho, tanto que ninguém fica parado quando o grupo sobe ao palco. A empatia com os fãs mostra que apesar das "alterações" a Banda Dallas Company está cada dia melhor. A atual mistura de talentos e instrumentos resultou em um show dinâmico e dançante, que contagia o público e conquista novos fãs. As canções e melodias apresentadas do sertanejo, ao country e ao rock, formam um espetáculo de qualidade e beleza."

Dallas Country, que era Dallas Company - O Primeiro sucesso do country brasileiro.


O bom violinista e fundador Murilo Fonseca com a cantora Jameika Mansur - aquela do "Alô galera de cowboy"

Em 1994, um grupo de amigos apaixonados por country music formaram a banda Dallas Company na cidade de Colatina (ES). Daí, rodaram por todo o Estado e até beiravam o Rio de Janeiro. O repertório era correto; Alan Jackson, Alabama, Garth Brooks, Shania Twain e ainda tocavam clássicos de Chitãozinho & Xororó para não perderem o público sertanejo. Mas havia uma ambição musical maior e o primeiro CD não demorou. Gravado em 1996, Coração Renegado, foi um trabalho razoável e até tocou em rádios aqui pertinho de casa. O intento não era diferente de tudo que tinha sido feito naqueles dias - música para-boi-e-peão-de-rodeios -. Eles não se importaram com isso não, moço! Uai, e as arenas também foram inspirações para o segundo disco - Clima de Rodeio - lançado de forma livre das prestigiosas gravadoras em 2002.
O segundo disco - Clima de Rodeio - e a formação original, ainda com o nome Dallas Company.

Pra quem esperava algo mais maduro da banda , foi inté decepcionante. O cadinho bom foram as composições em português e a mistura do countryzão tradicional ao som das guitarras berrentas. Os gringos já faziam isso, mas aqui não. Dallas foi pioneira, fio! Para a galera de chapéu, isso pouco importava. A música “Clima de Rodeio” foi o primeiro fato nacional de uma banda country brasileira. O infernizado guitarrista carioca Marcelo Kju
Então, um Cowboy chamado Rodrigo do casquento Big Brother Brasil 2 aparecia e a música tocava. Rodrigo tinha carisma, venceu, levou quinhentas milhas e a música caiu nas graças de todas as tribos. A banda viajou por todo o Brasil: Barretos, 1º Rodeio de Portugal, Rodeio Champion, Rodeio do Trabalhador, Jaguariúna, Americana, a canção Clima de Rodeio foi eleita a melhor música country, vencedora do prêmio Troféu Arena de Ouro, A VIVO e a TIM adicionaram aos seus menus de tons musicais o hit do Cowboy do BBB, a banda ganhou o prêmio de melhor banda country do Brasil pelo site Movimento.com (Curitiba-PR). Era Dallas Company pra todos os lados e aí compadre, a porca torceu o rabo! Lembra a velha história do empresário, que é dono do nome da banda? Pois é, o pau comeu em Colatina, ninguém saiu ganhando.

O pianista Gilles
O público começou a comprar gato por lebre e a lebre virou gato. Aquela Dallas com a cantora de voz macia e a mais promissora banda country brasileira virou Dallas Country. E uma nova Dallas Company estava sendo formada. A poderosa Sony Music, não perdeu tempo e assinou com a “lebre”. A Sony podia ter cultivado o que era de bom. Que nada. Meteu no mercado um Cdezin pra lá de babado com uma montoeira de covers de tudo que ninguém mais sustentava escutar: Man! I Feel Like A Woman, Any man Of Mine, Little Bitty e nas próprias canções os temas não mudavam, tinha Feriado Nacional, Dança de Cowboy, Diversão, Cowboy Prateado, Nada Vai Me Derrubar... Que pena. Mas o Dallas Country que era Company não foi morro abaixo não. Em 2006 eles foram e pros Sates, e tome “Alô galera de cowboy” em Danbury, Newark , Boston, New York. Para arrematar, sapecaram o BRAZILIAN DAY e em Atlanta, diante de MEIO MILHÃO DE PESSOAS, arderam o BRAZILIAN INDEPENDENCE DAY . É, mundo véio sem porteira... O tempo brota tudo de novo e a gente torce – de coração, viu?! - para que todos os “Dallas” reencontrem os bons caminhos. Por tudo isso: Parabéns!

A nova vocalista e flautista Tati Merlin

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Renato Caetano - caboclo andadô e violeiro bão!


A mistura de estilos é o que pretende o violeiro Renato Caetano. Em contato com a música desde 9 anos de idade quando aprendeu a tocar violão com seu tio, e descendente de família com tradições caipiras, durante seu aprendizado musical, conheceu vários estilos, dentre eles Regional, Popular, Rock, Jazz, Blues, vindo a se tornar um guitarrista de rock e blues, apesar de sempre acompanhar a tradição caipira familiar, perpetuada por seu pai. Em 1998 conheceu o instrumento que viria a marcar de forma definitiva sua carreira musical, fazendo pulsar a tradição familiar: A Viola Caipira. Sua carreira de violeiro se iniciou em 1999, com o Trio Verso e Viola, onde tocava semanalmente no Restaurante Rancho Fundo, onde teve a honra de tocar com Pena Branca e Xavantinho. Participou, como ator e violeiro, do Grupo de contação de Histórias Conta e Encanta de 2000 a 2002, com quem se apresentou na sala Juvenal Dias por 3 vezes, além de vários outros locais como por exemplo, no festival de cultura do Colégio São Francisco de Assis. Foi regente da Orquestra Mineira de Violas de 2002 a 2005 com várias apresentações, dentre elas 2 no Grande Teatro do Palácio das Artes: no aniversário da Rádio Inconfidência e como convidados de Sérgio Reis quando do seu show de aniversário realizado nessa casa. Em 2005 foi diretor musical e arranjador do primeiro CD da orquestra, chamado Concerto Caipira. Membro do Grupo Novos Violeiros, apadrinhado por Chico Lobo, de 2003 até 2006 com apresentações no Bar Reciclo, Alambique e na Expocachaça, além de realizar algumas apresentações pelo interior de Minas no projeto Causos e Violas das Gerais. Fez parte, também, do Grupo Viola Urbana com o qual se apresentou mais uma vez no Grande Teatro do Palácio das Artes em julho de 2007. Com o Viola Urbana também gravou 2 faixas do CD Violando Fronteiras no mesmo ano: Caboclo Andadô e Alegria de Anjo. Porém, sua carreira solo sempre esteve evoluindo em conjunto com os trabalhos em grupos, com apresentações feitas desde feiras beneficentes como o Brincar Musical em 2000, passando por shows na sala Juvenal Dias, em 2002, e até shows fora do estado, como por exemplo, a apresentação no Chão Nativo em Taguatinga em 2004. Em 2006 fez um segundo show na Expocachaça em companhia de Dito Rodrigues e Guê Oliveira, e na UFMG, na 7ª Feira do Vale do Jequitinhonha. Além dessas, participou com vários shows na “Roda de Viola” no Museu do Tropeiro em Ipoema-MG durante o mesmo ano. Atualmente, acompanhado por uma banda, a fusão de estilos conseguiu finalmente fincar âncora no seu novo show, chamado “Que Viola é essa”, onde apresenta releituras de clássicos caipiras e de canções do, assim chamado, Rock Rural, tentado fazer uma união entre esses dois mundos, além de apresentar canções de sua própria autoria. Essa nova roupagem já está dando frutos, pois, em 2008, foi convidado a levar seu estilo de viola a 3 apresentações na terra-máe da viola de 10 cordas: Portugal. Renato Caetano se apresentou em eventos da SETUR-MG na cidade de Lisboa, em um dos quais estavam presentes na platéia autoridades como o Embaixador do Brasil em Portugal, no qual foi bastante aplaudido. Outro fruto dessa estrada é o primeiro CD que também se chama QUE VIOLA É ESSA? onde a presença das influências do blues e do rock asim como de violeiros como Tião Carreio, Almir Sater, e de ícones do folk brasileiro como Zé Rodrix e Renato Teixeira cada dia mais finca raiz na estrada violeira de Renato Caetano.